9.8.07

Adolescentes nas marchas gay

Se os homossexuais não gostam do sexo oposto como é que se reproduzem? Não deviam já estar extintos?

A homossexualidade tem uma origem genética indirecta. Emerge das condições ambientais no útero durante a gravidez, da predisposição genética da mãe e do filho e das condições externas (ver aqui e aqui ). A probabilidade de alguém ter um filho homossexual não é suficientemente alta para prejudicar o sucesso reprodutor. Aliás, se existir uma pressão social para forçar os homossexuais a comportarem-se como heterossexuais ou se eles ajudarem a criar os sobrinhos ou se grande parte dos homossexuais for bissexual, não existe qualquer razão para a evolução biológica penalizar genes que permitam a homossexualidade. (Nota: a evolução biológica deverá penalizar mais a homossexualidade feminina que a masculina porque a escassez de úteros é o factor limitante da reprodução).
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No entanto, nem todas as pessoas com comportamentos homossexuais são homossexuais biológicos. As comunidades homossexuais dependem da transmissão cultural para se formar e para se expandir. Para se formarem novas comunidades porque o baixo número de homossexuais na população torna difícil a formação de comunidades de pessoas com os mesmos interesses sexuais. Para se expandir porque quer os homossexuais biológicos quer os culturais precisam, para aderirem às comunidades homossexuais, de ultrapassar as barreiras culturais que as sociedades tradacionais colocam à homossexualidade.

Sendo assim, a selecção cultural tenderá a premiar a cultura gay que se auto-promove, quer através de manifestações públicas, quer através da arte e da literatura. Não é por isso estranho que a cultura gay tenha gerado manifestações públicas exuberantes como as paradas gay. E também não é estranho que se procure enquadrar adolescentes nessas paradas (ver aqui, e aqui). Os adolescentes são ao mesmo tempo um alvo fácil e apetecível. Fácil porque se encontram em formação. Apetecível porque garante a transmissão da cultura gay muito para além da próxima geração. Se as igrejas e os clubes de futebol procuram recrutar os seus futuros elementos nas camadas mais jovens, porque é que a comunidade gay não haveria de o fazer? Devemos esperar que a preocupação em transmitir ideias e comportamentos aos menores seja uma característica de qualquer cultura bem sucedida.