3.6.04
DIÁRIO DE CAMPANHA - 2
1. Os jornais de hoje publicaram uma bizarra fotografia do que terá sido um acto de campanha do PS. Nela podem ver-se três seres, de facto, estranhíssimos, que envergam fatos e capacetes de um material não identificável, e que fazem lembrar os equipamentos espaciais dos filmes de sci-fi série Z. Um deles parece o Prof. Sousa Franco (o «pai de défice»), o outro, o Dr. António Costa, e o terceiro é irreconhecível, embora não creio que pertença a este mundo. Por mim, julgo estarmos perante um fenómeno de natureza alienígena, que surge, não por acaso, no preciso dia em que foram registados avistamentos de OVNIS no território nacional. Um pormenor perturbador: o Dr. António Costa (ou seja lá quem for) ostenta um sorriso enigmático, giocondesco, que tem mantido desde o começo da campanha. Afinal, parece que o pequeno João Almeida sabia do que falava.
2. O Prof. Deus Pinheiro recorreu a uma alegoria sobre telemóveis e extremidades fisiológicas masculinas, para explicar um assunto qualquer. Segundo ele, «os telemóveis são a única coisa que os homens querem ter mais pequena do que os outros». Não estou bem certo quanto ao motivo do paralelismo, embora pense que tenha sido a vontade de trabalho dos deputados europeus.
3. José Ribeiro e Castro mantém-se ofendido, porque não se considera racista, xenófobo, nem de extrema-direita. É caso para dizer: «a minha extrema-direita é mais pequena do que a tua!»
4. Manuel Monteiro continua a seguir milímetricamente as instruções do seu estratega de marketing (o senhor inglês das campanhas de Thatcher): não aparece, não fala, não opina. Quase não se vê. Brilhante, rapaz, brilhante!