O comportamento de José Mourinho, antes a sua saída de Portugal, não beliscou minimamente a admiração que por ele tenho enquanto treinador e profissional competente, independentemente das razões que o levaram a tal comportamento.
Entre o que se tem dito e escrito, o melhor treinador que passou por Portugal foi maltratado e insultado por não ter celebrado com os seus jogadores e, crime de lesa-pátria, com os adeptos.
Aos críticos, sugiro apenas a seguinte reflexão:
Imagine-se que o Porto perdia a final da Liga dos Campeões, mas com uma costumeira vitória moral. Imagine-se ainda que os adeptos se reuniam para apoiar a equipa no seu regresso, pela vitória vitória moral (e pela vitória que, apesar de tudo, é a presença, por si só, na final) e que Mourinho participava, para se congratular, com equipa, direcção e adeptos, por essa vitória moral, chorando baba e ranho (e lamentando-se dos suspeitos do costume). Isto faria dele melhor treinador, merecedor de todos os elogios?
Não, mil vezes não. Prefiro mil vezes um treinador competente, que faça os bons jogadores brilhar e os médios serem bons, ganhando jogos atrás de jogos. O resto é conversa.
Obrigado José Mourinho.