Vagueando pelos blogs, deparei com esta reflexão (SOU CONTRA A SORTE!) do António Torres, no Faccioso, sobre a sorte e a falta dela...
Com o passar do tempo e a repetição do mesmo tipo de erros colectivos, de más opções, de discursos desresponsabilizantes, do mesmo género de reacções inconsequentes, com o institucionalizar da mediania (que resvala facilmente para a mediocridade) como padrão sacrossanto de avaliação de tudo e de todos, Portugal lá vai sobrevivendo como pode e COM MUITA SORTE...mas mal! Talvez - e ao contrário do que escreve o A. Tores - o problema tenha raízes ainda mais profundas do que (apenas) o caldo cultural criado e beatificado pelo Estado-Novo...
Velhos do Restelo, Moços das Vendas, ódio/inveja dos Judeus, Calistos Elóis, Conselheiros Acácios, etc., etc.,já vêm de longe e foram sementes que ajudaram a eclodir a sensibilidade e a cosmovisão intrínseca e sociologicamente portuguesinhas do Estado-Novo....
