1. Ontem ficou claro que nenhum dos dois grandes partidos quer fazer reformas profundas, ou pelo menos nenhum está disposto a admiti-lo em campanha.
2. José Sócrates tem um objectivo político claro: manter e se possível expandir a dimensão do estado.
3. Santana Lopes afirma que quer baixar o peso do estado na economia, mas diz que os direitos adquiridos estão adquiridos. Não pretende cortar em lado nenhum e diz que vai gerir melhor o que existe. Só que se não cortar nada, não tem nada para gerir. Isso é claro no caso do outsourcing. Só se poupa com outsourcing se ao mesmo tempo forem eliminados os departamentos com a competência que for contratada com os privados.
4. A posição de José Sócrates em ralação à Segurança Social (dúvidas em relação ao plafonamento, mais estudos) não augura nada de bom. Sócrates fará tudo para impedir a concorrência entre o sistema público e sistemas privados.
5. Santana Lopes é uma incógnita. Ele parece confiar mais nas opiniões de outros do que nas suas próprias, o que não é totalmente mau. Não se percebe se ele quer mais alguma coisa para além de ganhar eleições.
6. A insistência de Sócrates em relação à co-incineração é um mistério. Não se percebe se o faz por orgulho, por convicção, por ignorância ou por conhecimento de causa. A co-incineração será o seu túnel do Marquês.
7. Toda a gente admitiu que há coisas como o emprego que não estão nas mãos do estado. Mas mesmo assim, todos, candidatos e jornalistas, acham que o estado deve fazer alguma coisa.
8. José Sócrates fez demagogia barata acusando os governos PP-PSD de terem perdido 150 mil empregos. Como se o ciclo económico não tivesse nada a ver com o assunto.
9. Santana ainda falou num défice corrigido pelo ciclo económico, mas duvido que alguém lhe tenha prestado atenção.