4.2.05

Quando será que o Estado devolve aos pais a tutela sobre a educação dos seus filhos?

O programa eleitoral do PS, a partir da página 46, aborda a questão da Educação.

A dada fase, afirma-se: "Só é possível avançar no caminho da inclusão e da igualdade de oportunidades, defendendo e valorizando o serviço público de educação e a escola pública, aberta a todos".

Com carácter residual, afirma-se: "Promoveremos, também, o apoio estatal, assente na qualidade e através de formas claras e rigorosas de contratualização, ao ensino particular e cooperativo".

Para que haja crescimento, é necessário educação. Mas será que ainda faz sentido defender-se desta forma titânica a "valorização da escola pública"? O serviço público avalia-se pelos fins, e não pela natureza de quem os promove. Será que o Estado é assim tão bom gestor ao ponto de ser capaz de construir adequadamente esta famosa Escola Pública?

Será uma aspiração tão grande exigir que o Estado coloque em condições de igualdade as escolas públicas e as cooperativas e privadas? Será que o cidadão não pode ter a liberdade de escolher como e quem educa os seus filhos? Será que quem não se conforma com um ensino monolítico e de pensamento único, em escolas infestadas de professores com horário O, tem de pagar duas vezes? Porque é que os portugueses perderam a exigência? Não podemos aspirar a um ensino melhor e verdadeiramente livre? Quando devolvem aos pais a tutela sobre a educação dos seus filhos?