(continuação)
A solução moderna, a educação, também não é muito prometedora. Vale a pena lembrar o problema que se pretende resolver: os agentes racionais tendem a sobre-explorar a propriedade comum porque os ganhos são privados e as perdas são públicas. Esta situação mostra quão importante era a ignorância nas sociedades tradicionais. Aqueles que seguiam cegamente as tradições desenvolvidas ao longo de séculos sem as pôr em causa contribuíam primeiro para a preservação dos commons e só depois para para si próprios. As tradições religiosas eram um antídoto contra a tragédia. Ora, os educadores andam há 200 a promover a razão contra a tradição. Se esperamos que os estudantes sejam racionais, não lhes podemos pedir que também sejam masoquistas e que abdiquem de tomar as decisões que mais os favorecem. Quem promove a razão não pode esperar que a razão não seja usada de acordo com os interesses de quem a usa.
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