Para a liderança do PSD: José Pedro Aguiar-Branco tem as qualidades essenciais para liderar a mudança. É novo, mas experiente; tem uma personalidade conciliadora, sem deixar de ser afirmativo; é alguém a quem todos reconhecem um forte sentimento de lealdade e correcção; é o único potencial líder que não está enfeudado a ninguém, que não ao partido; é uma figura carismática, com elevada capacidade de comunicação, bem acolhida pelos eleitorados moderados, que possibilitam as vitórias eleitorais; é alguém que se afirma pela positiva, que é algo de que o centro-direita, neste momento, necessita.
Para a Presidência da República: Manuela Ferreira Leite: Ao longo dos últimos anos, ganhou a minha admiração e respeito; tem um forte sentido de Estado e de serviço público, que colocou sempre acima da sua própria popularidade. É elegante na forma como faz política, sabendo divergir sem "apunhalar". Conseguiu ser oposição sem cultivar o vício da política da "terra queimada". É mulher; no actual contexto político, altamente "masculinizado", seria muito positivo termos, a partir de 2006, e pela primeira vez, uma mulher no mais alto cargo político da Nação. Apresenta, como Cavaco Silva, uma personalidade austera e rigorosa; mas sem os vícios da pequena política e do culto do "Eu" que tornaram este último indesejado por uma parte significativa do centro-direita. Tem ainda - e aqui estou a brincar - uma enorme pontaria nos prognósticos futebolísticos, demonstrando ser pessoa de amplos interesses e "grande visão de jogo".
Acho que MFL e JPAB fariam um belo par eleitoral. Representando uma renovação elegante e bem sucedida de um centro-direita a precisar de um certo "glamour" e de uma nova identidade.
Eu, como o nosso Messias, também tenho um Plano B. Que, ainda assim, prefiro não divulgar. Porque simpatizo demasiado com o Plano A para o intoxicar com outras alternativas.
