E agora a opinião de quem leu o relatório Stern

Uma semana após publicação do apocalíptico Relatório Stern, que a imprensa obediente se encarregou de divulgar acriticamente, começam a aparecer na imprensa as opiniões de quem o leu, verificou os pressupostos e e fez algumas continhas.

No Público:

Relatório sobre mudanças no clima considerado alarmista

"Alarmista e incompetente." Assim é classificado por alguns o relatório Stern sobre a economia das alterações climáticas, divulgado na passada segunda-feira. A apresentação deste estudo encomendado pelo Governo britânico, e que refere que a inacção face às mudanças no clima terá um custo, no futuro, semelhante ao das duas grandes guerras mundiais, está já a gerar polémica.

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Depois de muitos aplausos, chegou a hora das críticas. Além das esperadas - por parte daqueles que duvidam que as actividades humanas estejam a modificar o clima - surgem agora vozes que põem em causa algumas das premissas do autor do relatório: Nicholas Stern, um ex-responsável do Banco Mundial. Uma das mais conceituadas pertence a Richard Tol, um especialista na relação entre as alterações climáticas e a economia, que considera que o relatório "deve ser descartado".
Numa crítica de quatro páginas que produziu depois de analisar o documento, Tol considera que o estudo "é muito selectivo nos estudos que cita sobre os impactos das alterações climáticas mas os critérios de selecção não foram aleatórios porque enfatizam os mais pessimistas". Além disso, "os resultados são ocasionalmente mal interpretados".
Por tudo isto, o relatório Stern "pode ser descartado como alarmista e incompetente". Tol ressalva, porém, que o efeito de estufa é um problema importante e que as emissões de gases com efeito de estufa devem ser reduzidas. Mas "análises mal feitas como o relatório Stern apenas dão mais argumentos aos cépticos das alterações climáticas".