19.5.07

Lisboa - I

As próximas eleições no muncípio lisboeta, bem ou mal, terão inevitavelmente uma leitura política nacional.
Recorde-se que foi o presidente do principal partido da oposição a desencadear o processo eleitoral intercalar. Esse envolvimento directo será eleitoralmente avaliado, seja a queda propriamente dita, seja também a sua responsabilização pessoal na escolha do presidente que agora dispensou, seja pela escolha do novo candidato.
De igual forma, o líder do principal partido nacional, e simultaneamente primeiro-ministro, encarou o desafio destas eleições como algo com relevo nacional, optando por enviar o seu nº2. Aliás, essa leitura nacional é reconhecida hoje mesmo pelo novo número 2 do governo, na entrevista que dá hoje ao DN : «Lisboa não é um problema qualquer. A ideia de fazer uma aposta forte é o reconhecer de que Portugal precisa de Lisboa para progredir. E está em sintonia com o projecto que o PS tem para o País.».
Portanto, para além da mera escolha do executivo transitório, os dois principais partidos estarão também, por razões diversas, em avaliação. Vai ser interessante.