13.10.07

Mentiras e propaganda pelas boas causas

Outra extraordinária passagem do editorial de José Manuel Fernandes:

O facto de, na véspera de ser conhecida a decisão do comité norueguês, o supremo Tribunal britânico ter detectado nove erros no seu documentário não tira valor à sua mensagem central nem invalida o mais importante, a saber: Uma Verdade Inconveniente é, no essencial, fiel ao melhor que a ciência tem produzido.


José Manuel Fernandes parece fazer um ataque violento à ciência como nunca vi ninguém fazer. Afinal, o que JMF diz é que um documentário com erros é fiel ao melhor que a ciência tem produzido. Mas claro que não é isso que JMF quer dizer. Ainda assim ficam algumas perguntas:

Quantos erros é que o documentário teria que ter para deixar de ser fiel ao melhor que a ciência tem produzido?

Tendo em conta que o supremo Tribunal britânico não se limitou a dizer que o documentário tem erros, também disse que o documentário é propaganda, o que é que pensa um director do principal jornal diário português do uso da propaganda a favor das boas cuasas? É prática corrente no Público? É digno de um prémio Nobel?