20.7.06

The web of trust II

Os exames nacionais são feitos em duas chamadas podendo os alunos ir a uma ou a outra, (só nos casos em que o Secretário de Estado decide mudar as regras a meio do jogo é que os alunos podem ir às duas). Coloca-se à partida um problema aos serviços do ministério: como garantir que os dois exames têm grau de dificuldade idêntico? Tal é extremamente difícil. Os serviços terão que fazer previamente vários exames, escolher de entre eles vários de dificuldade idêntica e sortear de entre esses aquele que será utilizado em cada chamada. O sorteio é crucial neste processo porque impede fugas de informação e porque impede a selecção política da dificuldade do exame. Ora o processo de produção e selecção das provas está hoje em dia oculto por detrás das paredes do ministério da educação. Não são conhecidos nem os procedimentos, nem os autores dos exames, nem a sua reputação académica nem os meios de controlo da fiabilidade do sistema. Nestas condições quem pode genuinamente confiar no sistema?