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Liberdade
Augusto Mateus diz que fim da Portela é oportunidade para Lisboa
Como podem ser aproveitados os terrenos da Portela?
O fim da Portela é uma grande oportunidade para Lisboa. Pode permitir acabar com a 2º circular como circular e transformá-la numa grande avenida, como os espanhóis fizeram na M30. Podia fazer-se um parque verde e em vez de mais um projecto imobiliário, ter uma reserva de espaço para colmatar uma possível saturação da Ota em 2030 com um pequeno aeroporto para executivos.
Um porta-voz do governo tentou recorrer a um critério «objectivo» (e não aos estafados «números contraditórios»), para analisar do real impacto da greve de ontem. Entendeu deitar a mão ao indicador do consumo de energia, que segundo ele, seria um bom indicador da variação da actividade económica. E todo contente, afirmou que o consumo energético não diminui, como seria de esperar com uma greve com boa adesão, mas sim que até aumentou!
Ora bem, a ser assim há um pequeno problema. Sendo evidente que, independentemente do maior ou menor grau de adesão, existiram de facto grevistas, teremos apenas 3 hipóteses explicativas para tão estranho dado:
1) o pessoal que foi trabalhar é muito mais ineficaz e incompetente em termos de utilização energética do que os seus colegas grevistas;
2) as condições climatéricas de ontem levaram a um acréscimo generalizado na utilização dos aparelhos de ar condicionado face a dias anteriores;
3) os/as grevistas aproveitaram o dia para lavar roupa, passar a ferro, aspirar, enfim, dar uma geral e por a casa num brinquinho.
4) Ou, e porque anteontem foi feriado em Matosinhos, o consumo energético ontem terá sido naturalmente mais elevado……
«para não contaminar as relações é importante que ninguém comece por dar lições de moral seja a quem for» repondeu, segundo o JN, José Sócrates em Moscovo quando interrogado pelos jornalistas sobre a respeito (ou falta dele) pelos direitos humanos na Rússia.
Amanhã, é dia de greve geral. De tempos a tempos cumpre-se o ritual, uma vez por cada governo. Como sempre, a grande aposta dos sindicalistas que temos é na desorganização dos transportes públicos para que o impacto da greve pareça ser muito maior do que realmente é.
«Rui Rio disse que “a Câmara de Lisboa não é exemplo para ninguém”. A oportunidade parece estranha. Rui Rio é um dos principais dirigentes sociais-democratas, sempre fiel ao aparelho e às suas deliberações. E o pior é que o PSD enfrenta um desafio muito ingrato em Lisboa. Aliás, a lógica de todas as restantes candidaturas é culpar o PSD por tudo o que de mal aconteceu na capital. Aparentemente, Rui Rio estará de acordo. (alg)uma contribuição obrigatória para as pensões de reforma de cada um, desejavelmente tão pequena quanto possível, apenas como garantia de um mínimo para uma vivência digna.
Primeiro, no facto de os indivíduos terem limitações de “racionalidade” e “auto-controlo”. Segundo, no facto de algumas escolhas serem influenciadas pelo contexto - a regra tomada como ‘default’, os ‘framing effects’ e o ponto de partida, entre outros -, sendo que isso faz com que qualquer opção que seja oferecida influencie de algum modo as escolhas, ainda livres, dos indivíduos.
"Num editorial de há dias, lia-se no Público que "qualquer das alternativas [de localização na Margem Sul] fica mais perto de Lisboa do que a Ota" e que "qualquer das localizações [na Margem Sul] está mais próxima dos milhões de pessoas que [o aeroporto] deveria servir do que a Ota, mesmo para quem mora em concelhos como Cascais, Sintra e Oeiras". Sucede que nenhuma dessas afirmações corresponde à realidade (pelo contrário!), pelo menos em relação ao famoso Poceirão, o miraculoso sítio recém-descoberto pelos adversários da localização oficialmente adoptada em 1999.
Quanto às distâncias, basta consultar uma fonte confiável e acessível na Internet, como o Guia Michelin, para verificar que a tal nova localização fica mais distante de Lisboa do que a OTA, sendo a distância ainda maior em relação a todas as cidades a oeste e a norte de Lisboa, como Cascais, Sintra, Oeiras, Loures, Vila Franca de Xira, etc."
Vital Moreira, representante do lobby da Ota, hoje, no Público
Distância do centro de Lisboa às várias alternativas:
1. Portela: 6,5 Km
2. Rio Frio: 43 Km
3. Ota: 54 Km
4. Poceirão: 58 Km###
Distância de Oeiras às várias alternativas
1. Portela: 22 Km
2. Rio Frio: 56 Km
3. Poceirão: 68 Km
4. Ota: 71 Km
Distância de Cascais às várias alternativas
1. Portela: 33 Km
2. Rio Frio: 67 Km
3. Poceirão: 79 Km
4. Ota: 82 Km
Distância de Sintra às várias alternativas
1. Portela: 27 Km
2. Rio Frio: 66 Km
3. Poceirão: 73 Km
4. Ota: 74 Km
Distância de Setúbal às várias alternativas
1. Rio Frio: 31 Km
2. Poceirão: 36 Km
3. Portela: 49 Km
4. Ota: 87 Km
Distância de Coimbra às várias alternativas.
(Pedras Rubras: 132 Km)
1. Ota: 177 Km
2. Portela: 199 Km
3. Rio Frio: 226 Km
4. Poceirão: 238 Km


são, segundo o site, 5181 Km. ###

Há distâncias mais longas. Quem consegue a maior?
Nota: Só valem percursos 'recomendados', sem 'stopovers' e só de ida.
Escrevi também, mas posso clarificar, que acho uma patetice de todo o tamanho a ideia que se vive um clima de censura e de diminuição do pluralismo – ideia aliás repetida ad nauseam por um conjunto de pessoas que, paradoxalmente, ocupa um espaço importante no espaço público opinativo – e que o caso DREN seria mais um exemplo disso mesmo. O contributo da directora-regional de educação é, por isso, a meu ver, desnecessário porque serve para dar solidez a uma falsa ideia. Aliás, tendo em conta o que se tem passado, acho que o mínimo que a senhora podia fazer era apresentar a sua demissão.
Mais uma questão para o outro lado da barricada
Os liberais (p.ex., estes ou estes) que defendem a liberalização dos contratos de trabalho o que acham que deve acontecer aos contratos assinados no ambito das leis actuais (se ocorresse essa liberalização)?

«Em Portugal uma concepção liberal seria uma catástrofe social», afirmou Nobre Guedes ao Expresso. Pode ser que sim, não sei. Mas parece-me que a grande catástrofe de Nobre Guedes e da direita conservadora portuguesa é não perceberem que as soluções de sempre, marcadamente estatistas, já foram tentadas insistentemente. E todas falharam. Catastroficamente.
