7.6.04
ESTOU DE LUTO
O POLÍTICO E O FILÓSOFO
Sem possibilidades de blogar há 3 dias, não consegui dar testemunho do que senti quando soube da morte de Ronald Reagan. Mas as homenagens que os Blasfemos lhe fizeram e a faixa negra que encima esta página foram mais do que suficientes.
Podia falar da notícia da TSF que anunciou a morte do Presidente "que se notabilizou pelo escândalo Irão-Contras" de acordo com o inestimável Luís Costa Ribas. Podia comentar, também, os dizeres expelidos no dia seguinte por Mário Soares aos microfones da mesma rádio.
Mas prefiro não fazer nada disso.
Apenas assinalar o desaparecimento do político que - juntamente com Margaret Thatcher - foi o ídolo político da minha adolescência e que nos salvou da guerra fria, vencendo-a. Do político que imprimiu na governação muito daquilo que o filósofo havia ensinado. Que com muita perseverança e sempre com um sorriso desfez as utopias totalitárias que atormentaram o mundo durante tanto tempo. Que trouxe a liberdade e a esperança a muitos povos que estavam oprimidos há décadas. Que foi um arauto da liberdade, da felicidade e da riqueza, para o seu país e para grande parte do mundo.
E que, por isso, quando abandonou a vida pública deixou o mundo muito melhor do que o havia encontrado.