
Pior: constatou-se a força decisiva que as seitas possuem dentro da máquina eclesiástica.
Perderam. Por culpa própria. E muito mais do que um simples referendo. Estranhamente, uma instituição que prima pela actuação tácticamente ponderada, quase sempre sábia, não percebeu a mudança enorme que este país teve nos últimos anos. Politicamente, ficou claro que a igreja já não tem poder de conformação das consciências. Está circunscrita em todas as dimensões da sua autoridade tradicional. Nas equações políticas deixou de ser um factor relevante a ter em conta. E nenhum operador político esquecerá isso daqui para diante.