14.10.07

Censura? Não. São variedades senhores, variedades

Foi no meio dumas breves sobre artistas, aniversários e outras gracinhas que o PÚBLICO de dia 11, entendeu noticiar que o governo da Venezuela proibira o concerto de Alejandro Sanz numa sala de espectáculos de Caracas. E mesmo assim note-se que tudo se resume a uma espécie de resposta vingativa por uma ofensa feita por Sanz a Chávez

«Hugo Chávez, Presidente da Venezuela, tem boa memória, não perdoa facilmente as ofensas e a imprensa de ontem não hesitava em afirmar que está a vingar-se de Alejandro Sanz. O campeão de vendas tinha concerto marcado para o próximo dia 1 de Novembro em Caracas. Estava esgotadíssimo o Poliedro, a sala de espectáculos pública que iria receber El tren de los momentos, o disco mais recente de Sanz. Mas anteontem Luiz Acuña, novo ministro do Ensino Superior da Venezuela, deu ordem de paragem ao "tren de los momentos", como ontem relatava o diário El País. "Chávez amordaça Alejandro Sanz", resumia em título a edição on-line do jornal. Ao diário de Caracas, El Universal, Acuña explicou que o concerto "viola os novos fins educativos da Fundação Poliedro de Caracas" pelo que naquela sala não se realizará tal evento, apesar de ter sido assinado um contrato com a produtora do artista e dos oito mil bilhetes vendidos. Nem a imprensa local nem a de Espanha - Sanz é espanhol, nascido em Madrid - estão convencidas com as explicações. E recordam as declarações feitas pelo cantor em 2004 numa visita à capital venezuelana. "Do seu Presidente [da Venezuela] não gosto", comentou numa altura em que se recolhiam assinaturas para que fosse feito um referendo à revogação do mandato de Chávez. A vingança serve-se fria