25.7.07

Oxalá José Sócrates não tenha tido negócios com o BCP


Ontem vi a entrevista de Mário Crespo a Joe Berardo na Sic-N. O assunto principal foi a situação no BCP-Millenium. Traduziu-se em cerca de 20 minutos de insinuações abjectas, acusações torpes, revelações impúdicas. Fez-me lembrar outro momento televisivo em que, no mesmo espaço, Rui Verde atacava a gestão de Luís Arouca a propósito da U. Independente. A sensação em que fiquei após presenciar essas duas actuações foi exactamente a mesma: todos os responsáveis, de ambos os 'lados', pela gestão naquelas entidades são culpados por acção ou omissão; os abusos e aproveitamentos pessoais são demasiado frequentes; e as duas instituições já estão excessivamente longe da imagem de seriedade desejável.
Rui Verde foi preso, há meses, e ainda se encontra nessa condição; a U. Independente foi encerrada por intervenção estatal com motivações alegadamente higiénicas mas tresandando a um odor perturbadoramente 'chavista'.
Se existisse alguma analogia no emprego dos critérios de coacção pública em Universidades ou Bancos privados, o destino deste BCP não poderia ser muito melhor. Estaria, como estive, liberalmente contra - mas que aquela gente se está a pôr a jeito, lá isso está...