25.7.07

Quadros interactivos no país real

Em aulas onde se treme de frio, quadro é visto como um luxo

Um luxo. É assim que a maiorias das escolas oficiais vêem a aquisição de apenas um quadro interactivo, cujo preço ronda os 2000 euros. Na Escola Secundária/3 Joaquim Gomes Ferreira Alves, em Valadares, as carências são tantas que a obtenção de um quadro interactivo só foi possível graças à oferta feita por uma editora.

"Se eu tivesse condições financeiras aqui na escola, começaria pela manutenção do edifício e pela recuperação dos materiais didácticos", disse ao JN Álvaro Santos, presidente do Conselho Executivo.

Convidado a indicar a prioridade número um, o gestor referiu os laboratórios de Química e Física. "Estão muito mal apetrechados, com equipamentos já muito desactualizados", realçou.

Logo depois, recordou a inexistência de caloríficos nas salas de aulas, o que faz com que alunos e professores sejam obrigados a trabalhar com os dentes a ranger. Perante o rol de carências e tendo de estabelecer prioridades para a aplicação das verbas disponíveis, garante que o sonho de dotar a escola de quadros interactivos não passa de "um sonho".