6.6.07

Inimigos da liberdade *

«Há um grupo de pessoas que não gosta da globalização. Curiosamente personifica-a, trata o fenómeno como realidade quase humana, com vontade própria e de origem conspirativa, num estilo de ‘Protocolos dos Sábios do Sião’ revisitados. Sempre que há uma reunião de líderes internacionais, resolvem protestar – ou seja, partem tudo, carros, montras, comércios, destroem a propriedade alheia com o à-vontade de quem não sabe quanto esta custa. Não precisam de pretextos definidos, a violência é o meio que se torna o fim. Quando a polícia reage, como agora em Rostock, alguma imprensa fala em “repressão”. A mesma que, não sei porquê, lhes gosta de chamar “activistas”. Às vezes, “críticos”. No máximo, “radicais”. Mas raramente vi apelidá-los consoante a natureza intrínseca dos seus actos: delinquentes. E, como tal, deviam ser tratados.»

Publicado no Correio da Manhã