O mês de Abril mostrou alguma recuperação das bolsas europeias depois da queda abrupta motivada pelo 11 de Março. O resto do mundo “perdeu gás”, com especial destaque para os mercados emergentes, muito bem secundados pelas tecnológicas americanas (Nasdaq), a perderem quase 4%. A “ameaça” da oferta pública de acções do Google estará a levar os investidores a liquefazerem posições, em prejuízo de outros títulos do sector.
Mas vamos ao habitual quadro (dados da Reuters, em moeda local):
Alguns considerandos adicionais:
1. A extrema volatilidade das bolsas russa, turca e latino-americanas, a apresentarem descidas em Abril com a mesma amplitude das subidas registadas em Março;
2. Os bons desempenhos de Frankfurt e Milão, esta última a conseguir superar as perdas de Março;
3. A desaceleração dos mercados americanos, não obstante o crescimento “asiático” da economia;
4. A indiferença da bolsa israelita à conjuntura bélica, em permanenete subida desde o início do ano;
5. Não obstante ter fechado o mês em contra-ciclo, Lisboa apresenta o melhor comportamento dentre as bolsas europeias, seja no ano ou nos últimos 12 meses
6. Para o fecho em baixa do índice nacional, contribuíram fundamentalmente os 3 pesos-pesados (PT, BCP e EDP), cuja cotação sofreu o ajustamento da distribuição de dividendos. Mas a maior queda registou-se na Pararede (mais de 16%), a estrela nos meses anteriores e em perda acentuada desde que foi anunciada a redução de capital.
7. Pela positiva, os maiores destaques vão para a Soares da Costa e Teixeira Duarte, duas construtoras a subirem mais de 20%, olimpicamente indiferentes aos “silvos dourados” que se vão ouvindo...