Vital Moreira diz hoje no Público que Ferro Rofrigues foi ««miseravelmente envolvido»» pelo Correio da Manhã ««numa campanha mediática de destruição pessoal e política, conduzida com base em supostos elementos constantes do autos»». E que o Correio da Manhã cometeu uma ««flagrante violação do segredo de justiça»».
Bem, se não é certo que os elementos noticiados estejam nos autos, a violação do segredo de justiça não pode ser flagrante. E se a violação do segredo é flagrante, entao é porque se sabe com certeza que os elementos estão nos autos. Se o jornalista diz que determinados elementos estão nos autos e eles não estão, não pode haver violação do segredo de justiça.
A notícia que Vital Moreira refere era metade falsa, metade verdadeira. E a metade que era verdadeira já tinha sido publicada no Expresso. O Expresso só publicou a notícia porque foi o próprio Ferro que disse que estaria a ser envolvido no processo. Ou seja, quando o Correio da Manhã violou o segredo de justiça, esse mesmo segredo já tinha sido violado pelo Expresso e por quem informou Ferro Rodrigues. Mais, é aparentemete verdade que Ferro Rodrigues é referido nos autos por pelo menos uma testemunha. O próprio Ferro já pré-anunciou um processo contra essa testemunha.