Dadas as condições climatéricas que se fazem sentir, pouco habituais para a época estival que nesta altura é habitual existirem, muito me espanta que o nosso castiço empresariado não reclame pela declaração de calamidade natural das zonas ribeirinhas e turísticas do país.
Evidentemente com vista à atribuição de subsídios compensatórios por parte do Estado atendendo aos graves prejuízos de toda uma época que se julgava "alta". Falta pouco para aparecerem peças jornalisticas de pessoal a lamentar-se de "ter investido muito", de "o rendimento de um ano que foi por água abaixo", "nunca vi um ano assim" e outros etecéteras do género.
Força cambada! Porque esperam os concessionários das praias, os donos de restaurantes, hoteis e pensões? As empresas de aluguer de automóveis? Os vendedores de gelados e guarda-sóis?
Estão à espera de quê? É aproveitar meus caros. Agora até existe um ministério do turismo.
Se quando chove muito os produtores de fruta reclamam. Se quando faz um pouco de seca os produtores de tomate reclamam. Se quando faz mau tempo no mar, os pescadores reclamam. Se quando arde um pinhal os proprietários reclamam ajudas...
Porque não terão vós direito a um subsídio, tal como os demais sectores "empresariais" nacionais?
