31.1.05
ELEIÇÕES - I
Não tenho memória de eleições tão sensaboronas como estas que estamos a viver. Em parte alguma se sente paixão política pelos candidatos, pelos partidos ou pelas ideias que uns e outros possam representar. Pelo contrário, o conformismo está instalado e, além de, em dose moderada e pouco cativante, se assistir a uma ou outra picardia sobre a sexualidade de alguns protagonistas, tudo está a passar ao lado do país. Parece que o enfado que fez com que António Guterres e Durão Barroso tivessem voltado as costas à política nacional, contagiou agora os portugueses que, por sua vez, demonstram um profundo alheamento em relação à classe política e ao seu cada vez mais pequeno mundo.