Na formulação em epígrafe - «Estado liberal» - presume-se a co-habitação entre dois conceitos políticos aparentemente contraditórios: o Estado e o liberalismo.
É sabido que os liberais desconfiam, por método e por princípio, do Estado e, por conseguinte, declaram-no, um pouco marxianamente, o seu «inimigo principal». Há, até, algum liberalismo, sobretudo o que tem raiz «libertarian» norte-americana, que entende que o Estado e a liberdade são incompatíveis.
Contudo, a expressão «Estado liberal» faz parte do léxico político corrente, e é tida como a designação que melhor corresponde a uma ideia liberal da civitas. Falta, se assim for, que os liberais consigam estabelecer o seu modus vivendi com o velho inimigo, e expliquem como podem coexistir, ou antes, como podem colaborar, o princípio da soberania com o princípio da liberdade. Julgo mesmo que esta é uma tarefa essencial à credibilização do liberalismo português, que se tem deixado enredar numa metodologia redonda de crítica metodológica ao Estado, sem oferecer alternativas.
Por outras palavras: o «Estado liberal» é possível, ou o liberalismo não se concebe no Estado?
Deixo o desafio aos liberais da blogosfera portuguesa, desde logo, aos meus colegas do Blasfémias. Eu próprio tenciono voltar ao assunto
É sabido que os liberais desconfiam, por método e por princípio, do Estado e, por conseguinte, declaram-no, um pouco marxianamente, o seu «inimigo principal». Há, até, algum liberalismo, sobretudo o que tem raiz «libertarian» norte-americana, que entende que o Estado e a liberdade são incompatíveis.
Contudo, a expressão «Estado liberal» faz parte do léxico político corrente, e é tida como a designação que melhor corresponde a uma ideia liberal da civitas. Falta, se assim for, que os liberais consigam estabelecer o seu modus vivendi com o velho inimigo, e expliquem como podem coexistir, ou antes, como podem colaborar, o princípio da soberania com o princípio da liberdade. Julgo mesmo que esta é uma tarefa essencial à credibilização do liberalismo português, que se tem deixado enredar numa metodologia redonda de crítica metodológica ao Estado, sem oferecer alternativas.
Por outras palavras: o «Estado liberal» é possível, ou o liberalismo não se concebe no Estado?
Deixo o desafio aos liberais da blogosfera portuguesa, desde logo, aos meus colegas do Blasfémias. Eu próprio tenciono voltar ao assunto