12.2.07

M&M

Não se soubessem já as capacidades que Marques Mendes tem como dirigente e seria difícil compreender a acumulação de disparates que ele, pessoalmente, fez nesta campanha.
De uma posição inicial de liberdade de voto, entendeu MM envolver o partido na campanha dispondo-se mesmo a gastar uma verba de 500 mil euros. Em que é que os gastou? Não vi, como não costumo ver, nenhum tempo de antena, nem me apercebi de nenhum cartaz. O que ali se terá dito, para ser coerente com a apregoada liberdade de voto? Metade do tempo e do espaço disponível para cada lado? Sinceramente, gostava de saber que mensagem tentou passar, se é que a havia.
Depois envolveu-se directamente na campanha do «não». Primeiramente questionando a pergunta aprovada por si e pelo seu partido...., o que convenhamos nunca será muito benéfico em termos de credibilidade. Já no final, apoiou uma proposta, que de forma politicamente desonesta, desorientou quem estava disposto ao «não» e demonstrou uma intencionalidade de desrespeito pelo eleitor e um malabarismo politiqueiro da pior espécie. Por fim, na noite eleitoral, surge como líder partidário, não de um partido que gozava de liberdade de voto, mas como um dos derrotados. Tivesse ele ido à sede do «não» ou fizesse uma declaração pessoal e nada haveria de especial a dizer. Mas arrastar o seu partido para uma derrota numa luta que ninguém lha tinha encomendado é patético e certamente algo de inédito.