A casualidade das presidências rotativas da UE colocou Portugal no centro da resolução da mais grave crise que a construção europeia conheceu. Agora a solução virá em forma de tratado ‘abreviado’.
Ou ‘reformado’. Nenhum dos nomes serve, claro. Se a presidência portuguesa e a Comissão de Barroso forem capazes, o novo tratado será assinado em Portugal ainda este ano. Mas sem pestanejar, governantes, comentadores e quejandos, já baptizaram o futuro acordo: Tratado de Lisboa.
Porquê? O texto mais relevante da integração europeia, após o seu início, foi assinado numa pequena cidade holandesa chamada Maastricht. Mais tarde, os franceses escolheram Nice. Nós, pelos vistos, não conhecemos outros lugares para além de Lisboa. Porque não Coimbra? Existirão sítios mais bafejados para recomeçar a Europa do que o Pátio da Universidade e a Biblioteca Joanina?
* Ler, ainda, também no Correio da Manhã, Foi o Estado.