Duas consequências do facto de a corrupção ser um fenómeno endémico e não um fenómeno pontual:
1. Qualquer partido que esteja inserido na sociedade portuguesa é igualmente vulnerável à corrupção. A única forma de um partido não ser vulnerável à corrupção é não tendo militantes ou não tendo poder. Por isso alegações do tipo "nós é que somos uns gajos honestos e os outros são todos uns corruptos" devem ser olhadas com grande desconfiança.
2. Não é possível acabar com a corrupção apontando o dedo em público a meia dúzia de suspeitos. Nem isso adianta o que quer que seja. Por ser endémica, os indícios públicos de corrupção são uma fracção insignificante da corrupção existentes e o efeito da perseguição pública de meia dúzia de suspeitos é nula.