As eleições em Lisboa foram convocadas porque a maioria dos anteriores vereadores se demitiu. Alegaram a ingovernabilidade da mesma, a ausência de uma maioria, problemas judiciais, dívidas elevadas, incapacidade financeira, «paralisia dos serviços».
O orgão legislativo, a Assembleia Municipal, continua e continuará em funções, com uma maioria do PSD. O futuro executivo sempre terá de negociar com a mesma. E sim, parece que não haverá nenhuma candidatura com maioria de vereadores, o que implicará á força vencedora uma dupla negociação (com outras forças e com a Assembleia Municipal). Afigura-se difícil uma mais fácil «governabilidade».
Os problemas que levaram á queda do executivo não foram sequer falados na campanha. Vários dos vereadores da anterior maioria são novamente candidatos, embora divididos por duas listas. Juntos, terão mais votos que o principal adversário, o que parece indicar que os eleitores não farão uma avaliação assim tão negativa do seu desempenho (ou o opositor não será assim tão entusiasmante).
Os temas da campanha andaram á volta de acessibilidades, frentes ribeirinhas, rejuvenescimento, regresso de habitantes e recuperação da baixa, estacionamento, transportes públicos, idosos, aeroporto e pouco mais.
As razões que levaram a autarquia a ter um dívida de 1200 milhões de euros não foram questionadas nem sequer afloradas. O facto de existirem mais de 10 mil funcionários foi aceite com normalidade. E o facto das inúmeras promessas dos candidatos implicarem invariavelmente ainda mais despesa nem sequer foi referido. A campanha foi uma pobreza em termos políticos.
O único ponto relevante da campanha foi a unanimidade demonstrada pelos candidatos no desejo de «devolver o rio à cidade», limitando os poderes e intervenções da APL. Mas apenas pelo facto de se ter sabido que o governo (quando o candidato socialista ainda era seu membro), terá definido um projecto de intervenção, tendo inclusive convidado um «comissário ribeirinho». que veio a ser um dos principais apoiante da candidatura do ex-membro de governo que o convidou e mantendo o candidato socialista total «silêncio» sobre o projecto. Ao sonegar ao debate e escrutínio público uma matéria que se afigura potencialmente relevante para a cidade, o candidato socialista, que tudo aponta vir a ser o mais votado, deu um péssimo exemplo e um sinal preocupante da forma como se entende a discussão e decisão autárquicas. A caricatura de «comissário do governo central» assenta-lhe como uma luva.
O orgão legislativo, a Assembleia Municipal, continua e continuará em funções, com uma maioria do PSD. O futuro executivo sempre terá de negociar com a mesma. E sim, parece que não haverá nenhuma candidatura com maioria de vereadores, o que implicará á força vencedora uma dupla negociação (com outras forças e com a Assembleia Municipal). Afigura-se difícil uma mais fácil «governabilidade».
Os problemas que levaram á queda do executivo não foram sequer falados na campanha. Vários dos vereadores da anterior maioria são novamente candidatos, embora divididos por duas listas. Juntos, terão mais votos que o principal adversário, o que parece indicar que os eleitores não farão uma avaliação assim tão negativa do seu desempenho (ou o opositor não será assim tão entusiasmante).
Os temas da campanha andaram á volta de acessibilidades, frentes ribeirinhas, rejuvenescimento, regresso de habitantes e recuperação da baixa, estacionamento, transportes públicos, idosos, aeroporto e pouco mais.
As razões que levaram a autarquia a ter um dívida de 1200 milhões de euros não foram questionadas nem sequer afloradas. O facto de existirem mais de 10 mil funcionários foi aceite com normalidade. E o facto das inúmeras promessas dos candidatos implicarem invariavelmente ainda mais despesa nem sequer foi referido. A campanha foi uma pobreza em termos políticos.
O único ponto relevante da campanha foi a unanimidade demonstrada pelos candidatos no desejo de «devolver o rio à cidade», limitando os poderes e intervenções da APL. Mas apenas pelo facto de se ter sabido que o governo (quando o candidato socialista ainda era seu membro), terá definido um projecto de intervenção, tendo inclusive convidado um «comissário ribeirinho». que veio a ser um dos principais apoiante da candidatura do ex-membro de governo que o convidou e mantendo o candidato socialista total «silêncio» sobre o projecto. Ao sonegar ao debate e escrutínio público uma matéria que se afigura potencialmente relevante para a cidade, o candidato socialista, que tudo aponta vir a ser o mais votado, deu um péssimo exemplo e um sinal preocupante da forma como se entende a discussão e decisão autárquicas. A caricatura de «comissário do governo central» assenta-lhe como uma luva.