Qualquer uma destas figurinhas pode vir a ser primeiro ministro em 2009. Basta, para tanto, que Sócrates entre em derrapagem e perca as eleições, algo que se tornará cada vez mais provável se a borrasca que actualmente se abate nos mercados financeiros nos vier a atingir.
Do debate desta noite não transpareceu nada de novo. O habitual voluntarismo de quem pretende ter a solução milagrosa e exclusiva para as nossas maleitas - Mendes com mais uma reforma na educação e o apoio às PMEs, Menezes com o "investimento virtuoso" megalómano potenciado pelas construtoras (!!!) - sempre com a superior e clarividente liderança do Estado, que terá outra credibilidade se um dia for dirigido pelas suas augustas figuras. Grande parte do debate foi passado na discussão das pequenas tricas partidárias, uma excelente causa para o bocejo e para o zapping.
Podemos pois esperar em 2009 por versões recauchutadas de Guterres, Barroso ou Sócrates. De resto, sendo um benfiquista e o outro sportinguista, ficará sempre garantida a continuação de uma política sulista, centralista e muito pouco liberal. E se de alguma coisa nos podemos queixar é da nossa eterna crendice no Estado e seus governos.