Referendo

Esta manhã, antes de se iniciar a assinatura do "Tratado de Lisboa", uma comentadora, cujo nome não consegui ouvir, perorava na Antena 1 sobre as numerosas vantagens para Portugal e para a Europa do novo Tratado. A dado passo, lamentando a necessidade irlandesa de sujeitar o tratado a ratificação por referendo, dizia, a propósito do caso português, algo do género (cito de cor): os portugueses votam em massa, desde a adesão, no PSD e no PS. Como são dois partidos europeístas e ambos colocam, como prioridade dos seus programas eleitorais, a integração europeia, não é preciso referendo nenhum em Portugal. Descontando os exageros, mas admitindo o argumento, como nas últimas legislativas ambos os partidos defenderam o referendo (o PSD prometendo campanha pelo sim e o PS prometendo mesmo a sua realização, para aprofundar a participação dos cidadãos na integração europeia) não podem restar dúvidas que mais de dois terços dos portugueses querem ver o tratado referendado.