Impossível ficar imune à vigorosa carta de despedida do Tiago Mendes do Blogue Atlântico.
Tentarei, mais tarde, escrever sobre o que me parece estar em causa na clara fractura entre as duas visões da direita que circunstancialmente se uniram mas que não podiam ser materialmente mais distanciadas (uma vez mais, falo da direita portuguesa em abstracto e não da revista Atlântico e do seu Blogue).
Não me vou pronunciar acerca das vicissitudes da questão em concreto. Apenas quero, desde já, dar um grande abraço ao Tiago pela lição de frontalidade.
Não resisto ("a carne é fraca e eu tenho muita"), porém, a excepcionar, levemente, a posição de princípio sobre a minha intenção de não pronúncia - é que o sr. director da revista e blogue, com alguma efervescência que a aflição do momento explicava, classificou-me de «... especialista consagrado em matéria de fracturas e outras purgas em blogues».
O título é excessivamente generoso. Logo, deslocado e imerecido.
Ao invés, a conclusão impositiva desta turbulência obriga-me a devolver o epíteto. Com muita simpatia minha mas ainda maior merecimento do destinatário.
Mas o que importa discutir é o resto. E, sobretudo, o seu paradigmático estado de negação.