26.11.04

O VÉU ISLÂMICO PORTUGUÊS

Reunido em concílio, o Partido Comunista Português prepara-se para, pela primeira vez na sua pré-histórica existência, eleger os seus órgãos nacionais por voto secreto.
Um dos seus dirigentes, em discurso dirigido ao «colectivo» advertiu que, no futuro, o PCP não obedecerá à insane «lei dos partidos» que proíbe o voto de braço no ar, este bem mais consentâneo com a «realidade do partido».
Tem razão. Independentemente do voto de braço no ar ter por finalidade óbvia condicionar e observar quem vota, só lá está quem quer e só lá vai quem gosta. Quem se sentir mal que vá andando e mude de ares.
A «lei dos partidos», ao impedir a simpática congregação política que é o PCP manter as suas regras ancestrais e os seus usos e costumes primordiais, está para a democracia portuguesa como a «lei do véu islâmico» está para a liberdade religiosa em França.
Não se faz!