Na realidade a esmagadora maioria da população da região (de todas as raças, credos e extractos sociais) retirou-se para áreas seguras. Dos poucos que restaram, a maioria PREFERIU ARRISCAR!
Tenho visto reportagens (não tenho a certeza que consigam passar no crivo politicamente correcto das TVs portuguesas) em que essas pessoas, ainda agora, dizem não querer abdicar dos seus haveres e, inclusivamente, vários que afirmam às equipas de salvação que não vão evacuar as suas casas (semi-alagadas, sem água nem electricidade para alguns meses) para não abandonarem os seus gatos e cães.
Já há relatos de pessoas agredidas nestas equipas por tentarem demover os habitantes de ficarem à espera de uma morte quase certa.
Depois, evidentemente, há uma minoria que não se apercebeu da gravidade da situação e foi "apanhada" na surpresa dos desatentos.
Outros reagiram agora como fizeram no resto da vida: aconchegaram-se no seu estatuto de "minoria" que carece de assistência estatal, na nossa tão conhecida lógica existencial do "coitadinho", e, como viveram toda a sua vida da assistência social e de ajudas públicas, limitaram-se a esperar, pacatamente, que os poderes públicos cuidassem deles - só que aqueles falharam e a desgraça aconteceu para estes clientes do welfare.
Como ontem disse O'Reilly no seu programa na FOX NEWS: «Well, it's their choice».
Claro que resta um número diminuto de pessoas sem capacidade de reacção, como os idosos e os doentes. O que aconteceu nestas casos não tem desculpa nem explicação.