30.8.06

Desmentido - II

Ao contrário do que escrevi, o Conselho de Disciplina da Liga parece que já não está sem quórum.
O Tribunal administrativo decretou «suspensas as decisões administrativas impugnadas» as quais incluiam as do CD e do presidente da Assembleia Geral, juiz-desembargador Adriano Afonso (nomeadamente aquele em que ele nomeou um terceiro elemento para o CD).
Mas como fui eu esquecer que Adriano Afonso entende que «Enquanto praticar actos lícitos e não censuráveis, ninguém manda em mim»?

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Logo, e evidentemente «A Comissão não está suspensa e, por isso, os três membros da Comissão vão continuar a exercer o seu direito».
Segundo relata o Público de ontem, a situação até foi fácil de resolver: «Os três conselheiros [o juíz-desembargador Pedro Mourão, o juiz Frederico Cebola e o advogado José Fonseca], não tinham intenção de permanecer no cargo devido à interpretação que foi dada ao despacho do Tribunal Adminsitrativo de Lisboa que suspendeu todas as decisões que levaram à despromoção do Gil Vicente. Mas recuaram nesta posição depois de conversarem ontem com o presidente da Assmbelia Geral da Liga.
Adriano Afonso entende que não existem razões para que os elementos que nomeou a 20 de Julho, após a demissão* de Gomes da Silva [outro juiz-desembargador], não continuem em funções. (...) Adriano Afonso garantiu ao Público que, ao nomear os elementos da CD, estava apenas a cumprir as suas funções e que, por isso, não existem razões para que não permaneçam em funções».
Onde é que eu estava com a cabeça? Claro que a decisão do Tribunal não é para levar à letra, nem cumprir na íntegra. Esqueci-me que Adriano Afonso só estava a «cumprir as suas funções», logo nada haverá que suspender. É tão óbvio que até chateia........ Sorte daqueles que com uma simples conversa esclarecedora** com que sabe, podem, em boa consciência, continuar a exercer as suas altas funções. .
*gralha certamente do jornalista, pois é sabido que na Liga e na FPF não podem existir demissões.....