28.9.06

Para acabar de vez com os empresários incompetentes.

Portugal tem um problema com os maus empresários. Temos uma administração pública do melhor e um governo super eficiente que até está quase a resolver o precalço do défice mas este ruim empresariado luso está a deitar tudo a perder.

O Blasfémias reconhece que a todos os blogues é exigida uma missão de responsabilidade social e não pode ficar alheio ao esforço nacional para liquidar o empresariado defeituoso. É nessa óptica que, gratuitamente, nos associamos a todos os que denunciam este estado de calamidade nacional como o Diário de Notícias, o Dr. Jorge Coelho, o Dr. Vital Moreira e o Daniel.

Deixamos aqui algumas alternativas/sugestões/propostas que oferecemos graciosamente ao governo, cuja aplicação poderá ajudar a nação a livrar-se desse cancro pátrio que são os empresários ineptos.

A primeira medida a tomar só terá impacto para o futuro, mas não há tempo a perder. Trata-se da interdição integral dos maus empresários, a partir de agora. É obrigatório exigir que nunca mais um mau empresário se atreva a criar uma empresa. Isto é tão relevante que até deveria vir na constituição, nos Direitos, Liberdades e Garantias. ###

Resolvido o problema para a próxima geração, ficamos com o problema da transição. E desde já se deve tomar uma medida que só peca por tardia, a substituição imediata dos maus empresários por bons empresários. Para evitar compadrios na nomeação dos bons empresários, caberá ao governo proceder a estas nomeações.

Assim que já não houver ninguém disponível nas concelhias para substituir os maus empresários, avança a terceira medida, o encerramento imediato de todas as empresas sobrantes geridas por maus empresários.

Chegaremos a este ponto com um país diferente e já só nos resta uma pequeníssima dificuldade, garantir a qualidade dos vindouros empresários, para que a primeira medida sugerida possa ser devidamente consumada com sucesso. O método a adoptar passa pela selecção desses futuros líderes da economia por via de um exame de admissão.

Os que no futuro quiserem ser bons empresários (uma redundância, a partir do momento em que o problema estiver resolvido) terão que provar a sua aptidão empresarial antes de iniciarem actividade, exibindo os seus conhecimentos nas diversas variáveis relevantes que definem com precisão as características do perfeito empresário:

1. Responsabilidade social.
2. Aposta em empregos exclusivamente vitalícios em empresas exclusivamente vitalícias.
3. Pagamento de salários ao nível dos países mais ricos (não há qualquer problema de insolvência porque os novos empresários só estarão autorizados a investir em empresas vitalícias, conforme ponto anterior)
4. Desinteresse por Ferraris.
5. Respeito integral pelas directivas governamentais para o desenvolvimento, directivas que apontarão aos empresários quais os sectores estratégicos e de alto valor acrescentado, escolhidos pelo ministro da economia.
6. Produção exclusiva de produtos de qualidade que possam ser oferecidos a reis estrangeiros
7. Investimento permanente em todas as novas tecnologias experimentais eficientes que permitirão competir com as melhores empresas estrangeiras, apoiadas por muita mão-de-obra especializada, para fomentar o emprego de qualidade.
8. Contratação de muitos filósofos, historiadores, psicólogos e sociólogos formados em universidades públicas para garantir que a intervenção social da empresa esteja em permanente avaliação do seu processo contínuo de integração empresa/comunidade.

É assim que se faz. Se à nossa excelente organização administrativa do estado e às suas irrepreensíveis instituições juntarmos um empresariado com a qualidade que este documento propõe, Portugal seria um país diferente. Muito diferente.