22.12.04

Maus gestores - III

«O custo da Casa da Música está agora estimado em 102 milhões de euros. É mais do triplo do primeiro orçamento feito para o projecto de Koolhaas, que em Agosto de 1999 ascendia a 30 milhões de euros. Um ano depois, com Teresa Lago à frente da Sociedade, os aumentos da volumetria e da área de edificação (que saltaram de 9.500 para 22.500 metros quadrados) fizeram subir o custo, primeiro, para os 42,5 milhões de euros, e, em Junho de 2002, para os 60,5 milhões. Depois vieram Rui Amaral e Manuel Alves Monteiro. Este último, em Março deste ano, actualizou o orçamento para os 99,450 milhões de euros - um salto que nunca foi explicado publicamente. Em Julho, uma auditoria do Tribunal de Contas acusava a Sociedade de ter gerido "deficientemente" a construção da Casa da Música. Entretanto, sucediam-se novas auditorias: Rui Amaral mandou auditar Teresa Lago; Alves Monteiro fez o mesmo em relação a Amaral. Em Setembro último, após a demissão de Alves Monteiro, a ministra da Cultura anuncia nova auditoria à sua gestão. Cabe agora a Couto dos Santos "liquidar" as contas.»

Ah, e está prevista, no Orçamento de Estado a verbasita de 6,5 milhões de euros para efeitos de «inauguração», supõe-se que em 2005.