Nos dias que correm o debate deveria estar a ser feito à volta da mais que necessária redução do peso do estado na economia. Onde cortar, como, o quê, a quem. Mas não está. E não está porque o PS, provável vencedor das eleições de Fevereiro, não tem qualquer intenção de atacar o cancro da despesa pública. Dois debates televisivos arruinaram-me os últimos resquícios de esperança que, ingenuamente, ainda alimentava.
Cultura e linguagem, no Picuinhices.
Suponha que uma organização sugere a alguém a forte conveniência do pagamento de uma quantia monetária, a troco da garantia de protecção dos interesses do pagador, contra a ameaça que essa própria organização representa.
Se o ameaçado for uma entidade privada e os interesses em questão consistirem na vida ou saúde do próprio ou da respectiva família, trata-se de uma organização mafiosa ou criminosa. Se o ameaçado for um governante de um país ocidental e os interesses em questão forem a reputação individual, a imagem do governo que dirige ou a do próprio país, trata-se de uma organização não governamental (NGO).