Ao contrário do que é tradicional, o Engº Sócrates está a inverter os ciclos habituais do «estado-de-graça» governativo: começou mal, tornou-se rapidamente impopular e provocou uma violenta contestação social e, agora, parece estar a recuperar os índices de popularidade pré-eleitorais.
A OTA e o TGV, bem ao encontro do faraonismo nacional, vão deixar a populaça em delírio, com a capacidade de iniciativa do governo. Provocarão, também, um aumento fictício dos índices económicos, a coincidirem casualmente com as próximas eleições legislativas.
E ainda - como se costuma dizer na atribuição de prémios dos concursos televisivos - o primeiro-ministro tem a imagem de um homem decidido, que age corajosamente e não evita as escolhas difíceis, ao contrário dos seus antecessores. Na III República, só Cavaco (e Sá Carneiro fugazmente) granjeou essa imagem, com os resultados que ainda hoje estão à vista. Na direita, só um político conseguiu, nos últimos anos, uma imagem semelhante, embora a um nível local e necessariamente mais reduzido: Rui Rio. O PSD e a liderança da direita (a sexy e a puritana) dificilmente lhe escaparão num futuro de médio prazo.
A OTA e o TGV, bem ao encontro do faraonismo nacional, vão deixar a populaça em delírio, com a capacidade de iniciativa do governo. Provocarão, também, um aumento fictício dos índices económicos, a coincidirem casualmente com as próximas eleições legislativas.
E ainda - como se costuma dizer na atribuição de prémios dos concursos televisivos - o primeiro-ministro tem a imagem de um homem decidido, que age corajosamente e não evita as escolhas difíceis, ao contrário dos seus antecessores. Na III República, só Cavaco (e Sá Carneiro fugazmente) granjeou essa imagem, com os resultados que ainda hoje estão à vista. Na direita, só um político conseguiu, nos últimos anos, uma imagem semelhante, embora a um nível local e necessariamente mais reduzido: Rui Rio. O PSD e a liderança da direita (a sexy e a puritana) dificilmente lhe escaparão num futuro de médio prazo.