Em 2008, P., em férias num resort no Montenegro, liga-se à Internet num hotspot local, entra na sua caixa de correio electrónico pública, gratuita, com certificação e que até funciona no estrangeiro. P. envia documentação electrónica com vista a concluir o seu processo de inscrição na universidade.
Electronicamente, o Ministério do Ensino Superior contacta com o Ministério da Educação que contacta com o Escola onde P. concluiu o pré-universitário, para se certificar das qualificações, que contacta com o Ministério das Justiça para avaliar se P. é um cidadão bem comportado, que contacta com o Ministério das Finanças para ver se P. tem impostos em atraso, que contacta com o Ministério da Segurança Social para saber se P. tem isenção de propinas. O Ministério da Segurança Social responde ao Ministério das Finanças que responde ao Ministério da Justiça que responde à Escola que responde ao Ministério da Educação que responde ao Ministério do Ensino Superior que aceita a inscrição de P. O processo fica quase concluido.
Nada como a electrónica para amenizar as burocracias. Depois disto, P. só tem que apanhar um avião para Lisboa, ir à universidade e mostrar à funcionária da secretaria o cartão de eleitor.