Há uma coisa que os "teóricos da conspiração" raramente referem nas suas teses, ou fazem-no de forma atabalhoada ou inconsistente: o móbil do crime. Ainda ninguém explicou claramente o que terão ganho os "verdadeiros" cérebros do 11 de Setembro (Bush, Chenney, Rumsfeld & Cª) com tamanha auto-flagelação.###
A garantia de petróleo barato? O preço quase triplicou desde então. Ou será que o pretenderiam caro para reabrir os poços no Texas e rendibilizar a exploração no Alaska?
Um pretexto para atacar o Iraque e acabar o "serviço" incompleto de Bush pai? Mas está visto - e viu-se com o Vietname - que a guerra, a prazo, não traz dividendos políticos, bem pelo contrário.
Intuito "evangelizador" para espalhar a fé democrática pelos "infiéis islâmicos"? Mas é crível que uma trupe que só pensa em negociatas esteja imbuída de um tal espírito de missão?
Não esquecer a Halliburton, esse execrável braço económico dos bushistas! Depois de 3 anos a acumular perdas, a empresa passou repentinamente de um prejuízo de 979 milhões de dólares em 2004 para um lucro de 2.358 milhões em 2005, o que motiva as maiores suspeições. Enfim, não é exactamente no Médio Oriente onde os lucros mais crescem...
A questão é, todavia, bem mais profunda. Bush, no fundo, não passa de um reles keynesiano e lembrou-se da velha máxima "abram-se buracos para voltar a tapá-los". Portanto, era necessário um pretexto para destruir o Saddam, gastar o armamento já obsoleto e as balas já a ganhar ferrugem, para permitir novas encomendas ao lobby da indústria bélica e a reconstrução do Iraque pelas multinacionais americanas. Mas ao que parece, proliferam por lá empresas francesas e alemãs.
Enfim, é melhor esquecer a lógica. Dá para provar tudo e o seu contrário, o que só prova que os gajos estão metidos nisto até ao tutano.