10.7.07

Da «ausência da europa»

Ontem, o alto-refugiado Guterres dizia no «Público», esta coisa extraordinária: «Eu acho o seguinte: se a Europa tiver um mecanismo de alteração institucional em que cada alteração deva ser referendada em 27 países, isso quer dizer que não poderá dar mais nenhum passo significativo na sua evolução.».

Exacto. Em cada Estado os cidadãos seriam chamados a pronunciarem-se em assuntos que lhe dizem respeito. Caso não concordassem, não seriam adoptadas certas medidas. Não vejo qual o problema. Estranho seria que alguns iluminados decidissem o que seria melhor para os tais cidadãos.
E sim, de facto, só seriam dados «passos significativos na sua [UE] evolução» se as pessoas quisessem. Chato, não é?

Prossegue na mesma linha: «E alguma conclusão tem de se tirar deste facto, que é, para mim, evidente: que o referendo em 27 países sobre uma questão europeia, qualquer que ela seja, se transforma, inevitavelmente, no plano político, numa espécie de roleta russa».

Sim, de facto, quando se fazem referendos ou até eleições veja lá, nunca se sabe à partida qual o resultado. Porque será? Aposto que é porque as pessoas decidem por elas e votam secretamente....

«A Europa tem de encontrar outras formas de expressão da opinião pública, que já começam a existir
Bem, a meu ver não se trata propriamente de uma questão de «opinião pública»....E já agora, pode-se saber que formas serão essas?