O Estado social é isto: supõe a impotência dos cidadãos e a omnipotência dos governantes. Os governantes do Estado social precisam que todos confiemos neles e que encaremos o aumento do seu poder e a demonstração da sua força como um benefício. É lógico que sintam que, para manter o Estado social, é essencial preservar essa relação de confiança contra o ruído dos mal-intencionados e maldizentes. O Estado social é, por natureza, um Estado autoritário. Se os portugueses querem viver livres, convém-lhes outro tipo de Estado. Um Estado que, ao deixar para cada um as decisões principais que lhe dizem respeito, não precise de controlar tudo nem de gastar tanto, e a quem baste aplicar rigorosamente a lei. A escolha é clara: ou a liberdade ou o Estado social.
11.7.07
Leitura "obrigatória"
A escolha, por Rui Ramos, no Público de hoje (link não disponível). Com esta elucidativa síntese final (bolds meus):