Os bispos portugueses falaram nas ameaças à liberdade. Mostram-se preocupados. Também os apoquenta a Educação. Aí são um pouco mais explícitos: lamentam o corte de verbas públicas para as instituições que pertencem à igreja católica.
Estas queixas não têm razão de ser. O Governo não amputou verbas à igreja – cortou os fundos públicos a toda a gente. Autarquias, funcionários, escolas privadas, sector social e muitos outros, estão a ficar sem os apoios que já eram costume. Não percebo porque teria de ser diferente com a igreja. Ou pretendem escolas confessionais mas com dinheiros públicos?
Os bispos também exigem a aplicação da Concordata em vez da Lei da Liberdade Religiosa. Claro. Esta última coloca-os a par, em direitos e deveres, com as demais confissões religiosas. Isso eles não querem. A sua defesa da liberdade não chega a tanto.
* Publicado no Correio da Manhã