26.10.07

E de Natália Petrova a JSD acha que se pode falar?

«A pedido da Rússia, a UE forneceu detalhes sobre a situação dos direitos humanos em cada um dos seus 27 Estados membros.»
http://www.rtp.pt/index.php?article=304481&visual=16

E a pedido da UE a Rússia forneceu detalhes sobre a situação dos direitos humanos no seu território?
Por exemplo a Rússia está disponível para falar sobre este 'detalhe' conhecido hoje:

«Uma jornalista de Kazan (800 quilómetros a Leste de Moscovo) foi espancada no seu apartamento assim como as filhos e ameaçada de internamento num hospital psiquiátrico até às legislativas de Dezembro, contou ela, quinta-feira, à France Presse.
Natália Petrova, autora de filmes documentários sobre o Cáucaso e nomeadamente sobre a Chechénia, foi importunada por dois homens nos corredores da escola dos filhos na manhã de 06 de Setembro.
'Eles disseram-me 'vamos levar-te para o hospital psiquiátrico por seis meses' e falaram várias vezes das eleições legislativas de 02 de Dezembro', explicou por telefone.
Depois de ter conseguido escapar, voltou para casa e tentou telefonar à polícia: 'Tinha notado desde manhã que o telefone não funcionava e continuava assim'.
Pediu ao pai, de 74 anos, que fosse buscar à saída das aulas as duas filhas gémeas de 9 anos..
Quando este voltou, os dois homens que a tinham atacado de manhã mais um terceiro irromperam pelo apartamento e bateram-lhe com violência na nuca, nos braços e nas pernas, assim como à sua mãe que tentava separá-los e às filhas, uma das quais ficou com um dente partido.
Os dois homens pisaram-lhe depois as mãos dizendo 'assim já não escreves mais', acrescentou.
Munidos de um 'enorme telefone do tipo dos que têm os polícias' eles falavam para um certo 'Slava' e pareciam receber 'ordens' dele, disse, afirmando ter então reconhecido a voz de um investigador de Kazan com quem ela tivera um relacionamento em 2005.
Vários defensores russos dos direitos humanos, solidarizaram-se com ela, designadamente Andrei Mironov, membro da conhecida e respeitada ONG Memorial, assim como a organização Repórteres sem Fronteiras.
'Nós assistimos a uma limpeza na Rússia dos restos de democracia, a imprensa livre é destruída de forma sistemática, a sociedade civil é asfixiada por todos os meios', disse Mironov.

http://expresso.clix.pt/gen.pl?p=stories&op=view&fokey=ex.stories/150380