29.9.04

Carta para Londres

Caro Bruno, há alguns pontos que eu não percebi:

- O que concluiu dos meus posts sobre a espontaneidade? Na sua opinião, o que é que eu defendi exactamente?

- Na sua opinião, anomia é o mesmo que anarquia?

- Isso da economia de mercado não é uma coisa um tanto anárquica?

- Se o caos na Somália resulta do colapso do Estado, qual é a causa do colapso do estado?

- Diz que "uma doutrina sobre o Estado e o seu potencial emancipador, not least no campo económico (fim do feudalismo, estimulo das actividades productivas, etc.)". Emancipador de quem, em relação a quem e com os recursos de quem? É que isto dos liberais que falam de entidades colectivas mas não se focam nos indivíduos faz-me confusão.

- Se o papel do estado é estimular as actividades produtivas, ele estimula-as com os recursos de quem?

- Na sua opinião, os governos devem seguir políticas keynesianas? Qual é a sua opinião em relação às críticas ao keynesianismo?

- Na sua opinião, o lucro tem algum papel no estímulo das actividades produtivas?

- Quando diz " Que eu saiba John Locke nunca teve problemas em trabalhar no Board of Trade, esse pioneiro do intervencionismo estatal!", está a defender alguma forma de culto de personalidade dos autores liberais?

- Quando diz "Economia forte = Estado fraco é outro sofisma" não estará a confundir estado forte com estado grande? É que, hoje em dia, o estado é grande, mas é fraco. Ou antes, é forte em relação aos individuos que supostamente devia emancipar e facro em relação aos lóbis que o dominam.

- Quando diz " Mas em todas as grandes economias o Estado tem um papel essencial", esse papel essencial é o papel de árbitro, de jogador ou de jogador-árbitro? Estamos a falar de nacionalizações, empresas públicas, elefantes brancos vários ou das funções que o estado mínimo deve ter? E já agora, qual é a relação entre os índices de liberdade económica e o desenvolvimento económico?

- Há alguma função que o estado desempenhe neste momento que pode ser melhor desempenhada pela sociedade?

- Qual a diferença entre o seu liberalismo e a social-democracia?