A miséria. A grande miséria humana.
A violência.
A estupidez.
Num espaço tão pequeno e num mesmo acontecimento parece que tudo o que de pior que existe um Portugal se juntou num só quilómetro quadrado.
Todos os que largam os shoppings e vão a correr passear num domingo para "a aldeia". Perante a incompreensibilidade, ficam aflitos e incomodados com as suas frustrações, os seus medos, a falta de sentido da sua própria vida.
Os "repórteres", que para ganhar a vida passam horas diante de uma casa ou à porta de um posto de polícia ou de um tribunal para dizer nada. Para dar voz a todos os que precisam de terapia, de descarregar emoções.
A RTP (Rasca Têvê Portuguesa), "serviço público"(??), e todas as outras, a perder horas de emissão de vazio, a esgravatar nas emoções, sem conteúdo, sem notícia. E os "populares". As forças policias a darem pormenores das investigações à socapa.
A (re)descoberta de que uma instituição de "protecção à criança" que em tempo útil nada fez. O ministro que vem defender obrigatoriamente a instituição. E que sem recorrer a estudos, sem relatórios, sem nada, anuncia de imediato, e para aplacar a emoção pública, mais uma "reforma" da instituição.
No meio de tanta tristeza surgem duas vozes, vindas de onde nem sempre surge o bom senso: uma "popular" que apela a que os forasteiros deixem aquela comunidade em paz, que não fiquem especados diante de uma porta: "é só uma porta branca, não tem mais nada, não adianta estar a olhar para ela". E o padre local, que sem medo, sem conceder à popularidade e à emoção, chama as cosias pelos nomes, aponta as causas profundas e essenciais. Serenidade e sabedoria.
A violência.
A estupidez.
Num espaço tão pequeno e num mesmo acontecimento parece que tudo o que de pior que existe um Portugal se juntou num só quilómetro quadrado.
Todos os que largam os shoppings e vão a correr passear num domingo para "a aldeia". Perante a incompreensibilidade, ficam aflitos e incomodados com as suas frustrações, os seus medos, a falta de sentido da sua própria vida.
Os "repórteres", que para ganhar a vida passam horas diante de uma casa ou à porta de um posto de polícia ou de um tribunal para dizer nada. Para dar voz a todos os que precisam de terapia, de descarregar emoções.
A RTP (Rasca Têvê Portuguesa), "serviço público"(??), e todas as outras, a perder horas de emissão de vazio, a esgravatar nas emoções, sem conteúdo, sem notícia. E os "populares". As forças policias a darem pormenores das investigações à socapa.
A (re)descoberta de que uma instituição de "protecção à criança" que em tempo útil nada fez. O ministro que vem defender obrigatoriamente a instituição. E que sem recorrer a estudos, sem relatórios, sem nada, anuncia de imediato, e para aplacar a emoção pública, mais uma "reforma" da instituição.
No meio de tanta tristeza surgem duas vozes, vindas de onde nem sempre surge o bom senso: uma "popular" que apela a que os forasteiros deixem aquela comunidade em paz, que não fiquem especados diante de uma porta: "é só uma porta branca, não tem mais nada, não adianta estar a olhar para ela". E o padre local, que sem medo, sem conceder à popularidade e à emoção, chama as cosias pelos nomes, aponta as causas profundas e essenciais. Serenidade e sabedoria.