Primeiro até pensei que fosse piada, uma tentativa de fazer ironia - Sampaio a fazer evoluir a ciência política! Depois disto o que mais será possível dizer?!






As infelizes figuras com analogias possíveis com o actual PR, no que tange à sua personalidade política (o seu émulo D. João VI, o Almirante Américo Tomás, Carlos I da Inglaterra, Luís XVI da França, D. Fernando de Portugal, Montezuma soberano dos Astecas, entre tantos outros), estão estudadas, os efeitos da sua actuação política - quase sempre perniciosos para os seus povos - há muito que estão tratados e compreendidos (embora, por vezes, surjam patéticas reescrições da história tentado revitalizar as suas memórias).
Então como enquadrar logicamente a extraordinária asserção de MMLM?
Voltei a ler o artigo de hoje de Vasco Pulido Valente acerca das várias teses que tentam explicar a persistência, entre nós, dos maus políticos.
Depois de ler MMLM (e não só) não resisto a acrescentar mais uma:
- Os maus políticos são uma doença crónica dos portugueses muito devido a que por mais asneiras que cometam, por mais ausentes que estejam nos momentos essenciais, por mais omissões e inacções que revelem, por mais fraquezas intelectuais e de carácter que ostentem, há sempre um grupo de visionários que os embrulha em panegíricos e neles jura encontrar qualidades que esses maus políticos nunca tiveram, nem nos seus melhores dias. Este ambiente de beatificação permanente da gente menor que nos tem governado é demasiado responsável pela tradição de mau Governo que nos persegue há séculos.
Quando vemos alguém num alto cargo público (ou privado, que, para o caso, é o mesmo) parece que somos geneticamente incapazes de reconhecer que se pode tratar de uma pessoa vulgar, ou menos ainda, que alguma esperteza manhosa, o instinto e muita intriga guindaram a posições cimeiras.
Como bons portugueses, nunca diremos que se trata de um asno por mais evidente que seja o seu zurrar...