"A ofensiva neoliberal tem o seu principal alvo no "Estado social" e o modelo social europeu" diz VM a propósito de uma Conferência sobre Direitos Económicos, Sociais e Culturais que se irá realizar em Coimbra.
Não é bem isso, não há nenhuma ofensiva. O Estado Social está a morrer de doença degenarativa e crónica, não por lhe ter sido inoculado qualquer vírus. É uma morte por caducidade natural. É um modelo de Estado superado pela evolução das coisas.
O que se passa é que os seus defensores, reaccionariamente, estão na defensiva o que não significa que exista uma "ofensiva".
Vi o programa da Conferência. Claro que não há nenhum liberal, apenas ordeiros defensores do "Estado papá e mamã" gerados nas bordas do movimento hippie de há trinta e tal anos. A geração que cresceu no cume do Estado social recusa aceitar que o seu tempo passou. Bem como tenta ignorar o falhanço das soluções públicas e sociais por que lutaram na sua juventude.
São os conservadores do nosso tempo. Tentam "conservar" o morto no formol das suas teses negando desesperadamente o seu estado e realizando conferências em que se condecoram uns aos outros e juram que o dito está de óptima saúde.