Afinal, comparativamente, Guterres fez mais e melhor em matéria de consolidação orçamental, crescimento económico e convergência com a Europa, modernização tecnológica, atenção às áreas-chave da qualificação e da inovação, inserção internacional do país, novas políticas sociais e ambientais e respeito pelas instituições.
O problema político por excelência é a visão que se tem para o país e são os caminhos que se propõe trilhar para alcançá-la. A meu ver, o programa do PS tem de começar por uma ressalva: realizar-se-á isto ou aquilo, mas o prazo e a forma da sua realização depende de quanto for necessário, em tempo e recursos, para apanhar e consertar os cacos que nos deixou o trio Durão Barroso, Paulo Portas e Santana Lopes. Feita, contudo, a ressalva, a plataforma social e política que o PS liderar há-de ter de apresentar um conjunto de propostas simples e consistentes para estimular o crescimento, reformar a administração, libertar as energias criadoras, ter mais gente na escola a aprender melhor, sustentar os serviços públicos e combater a pobreza.
Resumo: Expandir o papel do estado, gastar mais, keynesianismo.
