Ontem, na Quadratura do Círculo, falava-se na capacidade regeneradora do PSD. Ora, os resultados dessa capacidade regeneradora estão à vista.
Em 1995, depois de uma derrota eleitoral, Fernando Nogueira, uma escolha da tal capacidade regeneradora, demitiu-se. Durão Barroso, promovido a D. Sebastião não estava disponível para passar longos anos como líder da oposição. O partido aceitou Marcelo Rebelo de Sousa a contragosto. A popularidade do professor dentro do partido nem sempre foi a que é hoje. Marcelo tonou-se um one-man-show. Inventou a nova AD, ganhou dois referendos e foi torpedeado de dentro e de fora do partido. A oposição interna nunca se assumiu e o professor lá foi ganhando uns congressos por falta de comparência do adversário até que a AD implodiu. O partido ficou órfão, Durão Barroso voltou mas depressa perdeu a aura de D. Sebastião. Só o próprio é que dizia acreditar que um dia seria primeiro-ministro. Enquanto líder da oposição, Durão esteve sozinho, sem apoios relevantes e muito menos vagas de fundo. O Eng. Guterres atirou o poder pela janela e Durão apanhou-o. Quando chegou a primeiro-ministro, Barroso tratou de promover Santana no interior do PSD, não se percebe muito bem porquê. Santana tratou de cair nas boas graças do aparelho e de promover os seus. Durão foi sempre um primeiro-ministro mal tolerado dentro do partido, o qual ansiava por políticas expansionistas que lhe desse as tão desejadas vitórias eleitorais.
Onde é que nesta história entra a capacidade regeneradora do PSD?